quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Por que veganismo também faz parte das éticas feministas?

Ecologia: agressão a animais é agressao a esfera do natural (estabelecida pela sociedade humana patriarcal pra se diferenciar). Tanto mulheres como animais estão localizados nessa esfera. A agressão ao meio-ambiente é expressão de misoginia, por tudo da natureza estar veiculado ao feminino.

Objetificação: Animais, como Mulheres, são violados em sua integridade e violentados porque são o Outro, o que não sou: não humano, não-cidadão, não consciente, não detentor de direitos. Outrifica-se para explorar. Não se explora o igual. Supremacia Masculina estabelece uma solidariedade entre homens, onde estes se reconhecem mutuamente estando nessa classe-casta: dos que são íntegros e livres. Justifica-se isso no físico, os homens deteriam um corpo íntegro, destinado à conquista e à liberdade. Mulheres e animais estão confinados na Biologia, não se possuem e não decidem por si mesmos. Podemos violentá-los pra mostrar o que é melhor, qual seu lugar, podemos extrair destes o que necessitamos porque foram feitos pra isso, se não podem usufruir da liberdade e cidadania - ambos servem bens nutricionais, ambos servem bens psicológicos como prazer e conforto.

Omissão/Naturalização da opressão: Tanto em relação a Mulheres como em relação aos Animais, não se percebe a opressão específica que os atinge, por naturalizada que estão e pelo próprio processo de alienação do referente à violência: no caso do animal, os vemos nas bandejinhas assépticas, ou os leites nas caixas, sem saber o processo que nos levou esses produtos. Também inquestionamos o consumo de imagens pornográficas que sacrificaram a vida de uma mulher ao serem feitas - Não sabemos de onde vieram, como vivem, por que se expõem se o fazem por sua decisão. Ambas retratações, tanto na pornografia publicitária do consumo animal quanto na pornografia e divulgação de imagens sobre mulheres e o feminino, portam estes consentindo e gozando sua objetificação e opressão. Não raro compramos hamburgueres que trazem nas embalagens imagens de bichinhos reportando a animais felizes vendendo o produto de sua exploração e incentivando o consumo, quanto vemos divulgados o senso comum da mulher que se expõe na pornografia e na violência sexual porque aprova ou porque 'gosta disso', gosta de se exibir ou da aprovação social advinda de sua 'promoção'em revistas masculinas. As edições pornográficas existem com o intuito mesmo não só de vender, mas de difundir a misoginia e ao mesmo tempo, o suposto consentimento de mulheres no contrato sexual presente.

Expressão de Virilidade/ Supremacia Masculina e supremacia de Classe e Racial: Carne é rotineiramente veiculada como expressão de arrogância humana, de descaso por questões éticas, e principalmente, como expressão de masculinidade. Oprimidos sentimos costumeiramente, 'rebaixados' em nossas vidas. Não é raro que um oprimido queira compensar a sensação de desempoderamento usando de consumo e exposição de privilégios de classe, sexo e outros. Sempre houve uma marcada divisão dos alimentos que privilegiou homens e brancos. O consumo de carne é celebrado em churrascos por uma visível elite masculina, geralmente também é consumido em caros restaurantes como sinal de poder. Os opressores duplamente nos enganam e nos dividem com esses artifícios, quando desejamos comer carne para mostrar que não somos tão distintos assim.

Heterosexualidade Compulsória: Quando, enquanto lésbicas-feministas, estamos planteando desconstruir práticas patriarcais desde as nossas formas de viver, desde a divisão sexual do trabalho, desde os costumes falocêntricos, a erotização e a sexualidade e todas demais instituições, comemos carne, falhamos ao sermos depositárias de um projeto de erradicação da supremacia masculina por reproduzir um gesto tradicionalmente patriarcal e que veio sendo um ritual de celebração da identidade masculina, uma que não devemos desejar ter, que custa nosso aculturamento. Precisamos celebrar expressões ginocêntricas e que recuperem valores centrados em nossa comunidade e nossas ancestrais, e isso inclui recuperar o consumo de vida, como vegetais e frutas, ofertados pela Mãe Natureza, celebrar o equilíbrio com o meio ambiente, num ritual nosso, e não de nosso conquistadores, que celebram a vitória sobre um corpo morto, a vitória sobre uma terra conquistada e extraída em seus recursos naturais, a vitória sobre um corpo feminino violentado ou violado que foi despojado de sua dignidade. Um ritual nascido nas guerras.

Ecofeminismo

De Femipedia.es
El ecofeminismo es una corriente de pensamiento aparecida en Europa en el último tercio del siglo XX. Françoise d’Eaubonne, en 1974, utiliza por primera vez el término ecofeminismo para referirse a la capacidad de las mujeres como impulsoras de una revolución ecológica que aporte y desarrolle una nueva estructura relacional de género entre mujeres y hombres, así como entre la humanidad y el medio ambiente.
Con anterioridad a la concepción del término ecofeminismo por parte de d’Eaubonne, ya se había reseñado en la literatura feminista de los años setenta una conexión entre el ideario feminista y la ecología, donde se reflejaban sociedades no opresivas para la mujer, descentralizadas, no militarizadas y con un alto respeto hacia la naturaleza.
foto: Vandana Shiva, Ecofeminista.
Premisas
Desde ese ecofeminismo inicial, se han ido desarrollando diversas tendencias influenciadas por la posición feminista de la que proceden (ecofeminismo radical, liberal, socialista), estableciendo en cada una de ellas sus propias estrategias de actuación, aunque los puntos principales en los que se basan son los mismos y se reducen a los siguientes:
1. El orden simbólico patriarcal establece por igual una situación de dominación y explotación hacia las mujeres y hacia la naturaleza.
2. El patriarcado hace uso de la biología para situar a las mujeres en un plano de proximidad con la naturaleza, identificándolas con ella. Los hombres, en oposición, se identifican con la razón, justificando de esta forma la superioridad de la razón sobre la naturaleza o, lo que es lo mismo, el patriarcado; así se explica que las mujeres sean consideradas inferiores a los hombres.
3. Las mujeres están en una posición ventajosa para terminar con la dominación patriarcal sobre la naturaleza y sobre sí mismas, dado que su propia situación de explotación las hace estar más próximas.
4. Establece que el movimiento feminista y el movimiento ecologista tienen objetivos comunes y deberían trabajar conjuntamente en la construcción de alternativas.
[editar] Corrientes
El ecofeminismo radical hace hincapié en la vinculación entre las mujeres y la naturaleza, a un nivel biosocial e histórico, señalando que, en ambos casos, el origen de la explotación y de la opresión proviene de la sujeción al orden patriarcal establecido.
El ecofeminismo liberal, basa su teoría en el feminismo de la igualdad y en la teoría conservacionista de la naturaleza. Establece que el modelo economicista implantado por el hombre no atiende a las repercusiones perniciosas que éste ocasiona sobre la naturaleza. Rechaza que las diferencias biológicas entre mujeres y hombres conlleven distintas conductas respecto al medio ambiente.
El ecofeminismo socialista fundamenta su teoría en torno al patriarcado y al capitalismo, a los que responsabiliza de la explotación medioambiental para posibilitar el desarrollo económico. El capitalismo ha proporcionado la técnica necesaria en beneficio de los hombres, a los que ha dotado de instrumentos y medios de control sobre las mujeres anulando su intervención en la economía.
Bibliografía
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Corrientes ecofeministas por Alicia H. Puleo
Guía Chicas Verdes. Guía práctica ecofeminista destinada principalmente a chicas de entre 14 a 18 años.